17 de abril de 2009

HISTÓRIA DA ARTE

A origem das marionetes parece ser italiana. Em Veneza, no século 10, realizava-se a festa das Marias, durante a qual doze jovens ricamente vestidas saíam em procissão pela cidade. Essas moças foram depois substituídas por estátuas de madeira, chamadas marione, que, reproduzidas em miniatura por fabricantes de brinquedos, receberam o nome de marionetta.

A apresentação desses bonecos em teatro já fora feita pelos egípcios, hindus, gregos e romanos, entre outros povos. No Egito, um modelo de teatro de marionetes foi encontrado no túmulo de Kelmis, cantor de Osíris, deus e senhor dos mortos, enquanto na mitologia hindu conta-se que o deus Xiva, senhor da geração e destruição, apaixonou-se pela boneca móvel de sua esposa. Inúmeros autores da Grécia clássica, como Heródoto, Homero, Platão e Aristóteles, falam também de estátuas animadas e de exibições de marionetes, denominando-as agalmata neurospasta (imagens movidas por meio de nervos). Já os romanos chamavam-nas de puppae (bonecas), ou imaginunculae animatae (pequenas imagens animadas)

Após a queda do Império Romano as marionetes quase desapareceram como expressão teatral, mas reapareceram nas igrejas medievais, onde tiveram como objetivo tornar mais eficazes certas mensagens religiosas, entre as quais o presépio, que permaneceria por muitos séculos. Somente a partir do século 16 o espetáculo de marionetes tomou seu caráter preciso, e juntamente com a Commedia dell’Arte difundiu-se da Itália por toda a Europa, principalmente porque as personagens tornaram-se mais variadas e as técnicas de animação foram enriquecidas. No século 18, Polichinelo, uma das mais famosas marionetes de todos os tempos, passou das ruas de Paris para os requintados salões da cidade, como o de Voltaire.

Freqüentemente, em versões populares ou aristocráticas, as comédias animadas por marionetes eram adaptações de repertórios em moda nos grandes teatros. Testemunhos sobre esse curioso tipo de espetáculo são encontrados na obras de escritores famosos, como Goethe, Voltaire, Anatole France, Charles Dickens, Garcia Lorca e outros. No século 20, as marionetes passaram a ser empregadas também na televisão e no cinema.

Fonte: Fernando Dannemann

2 comentários:

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